23 de abril de 2007

Não neguem à partida uma ciência que deconhecem..

Eu, como de certeza a maioria dos pessoas que se desloca de metro, tenho por hábito consultar essa pérola do jornalismo que dá pelo nome de "Metro", e não é senão que todos os dias ele me presenteia com uma astrologia mirabolante e fantasiosa.
Tenho a certeza que são muitas as pessoas que para colorir um pouco aqueles fatidiosos minutos em que passam na carroagem aproveitam para passar os olhos por aquela fantástica sátira. No entanto em mim aquele pedaço de papel impresso tem um ainda maior efeito que em qualquer outra pessoa, digamos simplesmente que eu não acredito em qualquer charlatão que diga que consegue prever o futuro.
Não é por causa de ser céptico que eu digo isto, embora também seria uma boa razão, mas se alguém tivesse a efectiva capacidade de prever o futuro de certeza que iria encontrar uma formade uzar o seu "dom" para poder ganhar a vida de forma mais digna, porque digamos de passagem que dizer umas patagoadas a umas quantas pessoas sem vontade própria, fingindo-se assim que se lhes adivinha o futuro para de seguida lhes extorquir dinheiro em troca de uma solução, não me parece algo que alguém com um minimo de vergonha fizesse.

Mas continuando, eu sempre acreditei numa pequena coisa chamada vontade própria, e que eu com ela decidiria o meu futuro, parece que afinal assim não acontece, pois afinal qualquer pessoa com uma pretensa inspiração divina pode "ler" (nos astros, nas cartas, nos buzios, nas conchas, nas borras de café, entre muitas outras) a vida de qualquer um, seja ela passado, presente ou futuro. Assim sendo, e se o meu futuro está determinado à partida porque me preocupo eu, não preciso de fazer, de lutar pelo quer que seja, pois isso em nada alterará o meu destino.

E sem mais delongas me despesso, e desejo que todos vós possam ler o vosso futuro nos calos dos pés de um qualquer vidente a quem os tenham de lavar.

1 comentário:

André Mendes disse...

pois, até porque nunca se leu numa crónica de astrologia de jornal: "olhe você vai morrer hoje". seria complicado para os coveiros de repente terem de enterrar 1/12 da população...