18 de maio de 2007

Aligeirar o ambiente

Hoje em dia, existem muitos estados... Existem estados democráticos e totalitários, estados de espírito e equações de estado.

Mas nada se compara ao estado a que isto chegou.

Política?! Aventuras mirabolantes no asfalto?!

Não. Embora o IST seja para o meu tempo livre como um buraco negro é para... Bem, qualquer coisa com massa, não posso deixar de aliviar o ambiente com a minha etrusca prosa e comentários contundentes. Desta vez não vou enveredar pela discussão da epistemologia das Ciências, nem pela Filosofia natural - mas antes pelo ambiente.

Ultimamente (nos últimos anos) temos assistido a uma crescente mentalização da população mundial para os muitos problemas que afligem o nosso planetazinho. Por entre o aquecimento global, o esgotamento dos recursos naturais ou overcramping populacional, parece que o melhor que temos a fazer é emborcar com um comprimidozinho de cianeto (pode ser cicuta para os mais dramáticos). O ambiente joga-se em todas as frentes. Até na política. Toda a gente empenhada em tornar o mundo melhor. Mais do que o simples empenho, assistimos ultimamente, nas últimas três décadas sobretudo, a um despertar alarmista para a situação.

O que eu pergunto é, qual situação? É que, em parecendo que não, se calhar até não há problema nenhum. Há factos. A temperatura na Terra aumentou bastante relativamente nos últimos anos. O consumo de petróleo tem vindo a aumentar, e a curva populacional continua a rivalizar com a da exponencial. Mas será o cenário assim tão negro que justifique os olhares reprovadores que recebo cá em casa por dizer que não tenho realmente interesse no assunto?

A resposta é: não. Poderia argumentar muita coisa, mas alguém já o fez melhor do que eu, (http://dererummundi.blogspot.com/2007/04/uma-tacada-forte-em-mentiras.html). O autor do post é, para além de um brilhante professor de Álgebra Linear A, indubitavelmente um dos maiores divulgadores da Matemática (e da Ciência em geral, por atacado!) em Portugal, e certamente o mais acessível. Para os interessados, recomendo a leitura de "Da Falsificação de Euros aos Pequenos Mundos", do mesmo, que para além de falsificação de euros e pequenos mundos, também tem um capítulo que eu dedico a todos os ambientalistas fanáticos que me rilham os dentes por não ir para a rua manifestar-me contra a perfidez iníqua das percentagens de uma coisa que nem eles sabem noutra coisa que também ninguém sabe bem o que é.

O que me vale, e me impede de atear-lhes fogo ou banir a sua existência para um canto recôndito e inacessível do espaço-tempo imediatamente, é que eu não preciso de estar certo, nem de argumentar, embora o faça pela gratificação intelectual da condescendência elitista. Não preciso de fazer nada. A parte mais fixe de usar argumentos racionais baseados em factos comprovados externamente é que, dadas as circunstâncias certas, a verdade torna-se inegável, e como neste caso a variável é o tempo, basta-me esperar. E tudo se tornará mais claro. Até lá, resta-me a ironia.

Até à próxima, possam saber que o núcleo externo da Terra pode ser modelado como um fio percorrido por uma corrente eléctrica de 10^11 A (está para a corrente que percorre o circuito de um computador como um 1 Km está para um átomo).

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